Visitas Técnicas
Grupo de integrantes do projeto ‘Benin Caju’ participa de capacitações e visitas técnicas em solo brasileiro
Entre os dia 20 e 28 de agosto, processadores, , extensionistas e pesquisadores, que fazem parte do projeto ‘Benim Caju’, participaram de capacitações nos laboratórios do campus Petrolina do IFSertãoPE e realizaram visitas técnicas a cooperativas, agroindústria, vinícolas e fábricas dos estados de Pernambuco, Bahia e Piauí. A missão fez parte da quarta etapa do Projeto Fortalecimento do potencial produtivo e de transformação do caju no Benim, que é coordenado pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ligada ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil, em parceria com o IFSertãoPE e Ministério da Agricultura, Pecuária e da Pesca do Benin.
Nos primeiros dias, o grupo conheceu os laboratórios de processamento de alimentos do IFSertãoPE, onde foram capacitados para produção de vinhos, espumantes, doces e linguiça da fibra do caju. Os treinamentos foram realizados por professores, com auxílio de estudantes do curso de Tecnologia em Alimentos. A programação seguiu com visitas a agroindústria de processamento de frutas em Uauá, vinícolas e produtores de suco em Casa Nova e a uma loja especializada em produtos da caatinga, localizada em Juazeiro, todas cidades da Bahia.
Na segunda semana, a delegação foi ao estado do Piauí, onde conheceram a Frutici Alimentos, uma fábrica que produz cajuína e polpa de caju, na cidade de Picos (PI). Na região, ainda se deslocaram para Ipiranga do Piauí (PI), para visita à indústria produtora de doces (Lilli Doces).
Therese Orou integra o grupo e é líder de uma empresa que reúne 15 cooperativas, as quais contam com cerca de 504 mulheres. Segundo ela, os impactos da cooperação já são perceptíveis. “Venho de uma região do norte do Benin, onde o nível de poligamia é muito alto, então as mulheres estão lutando por suas autonomias. Antes, trabalhávamos apenas com transformação do pedúnculo do caju em suco. Não tínhamos outros produtos que pudessem aumentar nosso faturamentos. Para além disso, nos faltava a tecnologia adequada, travando o desenvolvimento. Desde o início, a colaboração tem nos permitido gerar vários subprodutos, possibilitando a essas mulheres mais independência e autonomia. Então, é uma grande alegria isso dentro da nossa comunidade”, explicou.
Para Adelaide Laouro, beneficiadora da fruta, os conhecimentos adquiridos impactarão todos os envolvido na cadeia produtiva do caju. “Isso vai nos permitir aumentar a renda dos agentes de processamento e de produtores”, afirmou.
Segundo Paulo Dalmás, coordenador técnico do projeto, a visita objetivou fortalecer a economia do país africano, nas áreas de produção, processamento e ampliação da variedade de produtos derivados do caju. “Um dos objetivos dessa missão foi conhecer a realidade do Brasil, que é um país que trabalha fortemente com transformação do pedúnculo. Conseguimos acompanhar desde a produção do fruto – com visitas a propriedade irrigada – até a etapa de processamento de empresas que trabalham em pequena e grande escalas. Outro ponto importante foi o contato que o grupo teve com a tecnologia utilizada em solo brasileiro”, afirmou Dalmás.