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Festival de Arte e Cultura do Campus Petrolina começa com cores, rimas e reflexões sociais


Nos dias 17 e 18 de setembro, o Campus Petrolina deu início à Edição 2025 do Festival de Arte e Cultura. O evento, que segue até outubro, abriu sua programação com oficinas, debates e apresentações que aproximaram ainda mais estudantes, comunidade externa e artistas da região. Este primeiro momento contou com a parceria do Sesc, fortalecendo a integração entre o campus e instituições culturais da cidade.

O festival iniciou com a Oficina Pintando os Muros, orientada pela artista visual Lys Valentim. O trabalho propôs o grafite como linguagem de pertencimento e de ressignificação dos espaços. “A ideia foi trazer elementos da territorialidade, por isso a presença do barquinho, símbolo da nossa cidade ribeirinha. A oficina busca despertar nos participantes a sensação de pertencimento, de perceber que a arte pode ser um mecanismo de renovação dos lugares onde estamos todos os dias”, destacou Lys.

A estudante Karla Thayná também compartilhou sua experiência: “Foi uma experiência muito boa. Pintar o muro deu uma sensação de liberdade e expressão que a gente não encontra em qualquer atividade. Seria ótimo ter mais oportunidades como essa para explorar a arte dentro do Campus”.

Para Lys, a experiência de estar no Campus é também um gesto de valorização das artes urbanas. “O grafite ainda é pouco compreendido e, muitas vezes, marginalizado. Momentos como esse possibilitam que estudantes, independentemente de sua área de formação, tenham contato com essa linguagem e percebam sua potência transformadora”, completou.

A programação também trouxe o Bate-papo sobre Arte Urbana, reunindo Lys Valentim, o rapper GG do Apocalipse e o dançarino Nattan B-Boy. O diálogo abordou temas como a ocupação do espaço urbano, a construção de identidade e o papel da arte na transformação social, especialmente junto à juventude periférica.

Na sequência, a criatividade e o debate social tomaram conta do pátio do Festival com a Batalha do Conhecimento, que mobilizou MCs da região em duelos de rimas improvisadas. Por meio da arte, os participantes refletiram sobre questões sociais, políticas e culturais. A plateia, junto aos jurados, avaliou as apresentações, criando um ambiente de troca, engajamento e pertencimento.

Para o coordenador do evento, Alan Barbosa, o festival começou de forma vibrante. “A Oficina Pintando os Muros sempre foi um sucesso. Em 2024, foi a atividade mais procurada, e em 2025 não foi diferente. A comunidade interna e externa participou ativamente, deixando sua marca nos muros antes cinza, que agora refletem cores, ideias e sentimentos. O bate-papo trouxe à tona reflexões sobre a marginalização de artistas periféricos e a batalha de MCs foi um espetáculo à parte, conectando público e artistas em um diálogo sobre identidade e existência”, afirmou.

O Festival de Arte e Cultura é um projeto de extensão vinculado ao Edital nº 101/2024 do Programa Institucional de Projetos e Bolsas de Extensão para Fortalecimento da Arte e Cultura. Seu objetivo é incentivar o desenvolvimento de ações artístico-culturais que envolvam a comunidade acadêmica e externa, estimulando a valorização das expressões culturais regionais e a criação de novas iniciativas.

Para apoiar sua realização, o projeto conta com auxílio financeiro de R$ 8 mil e bolsas para estudantes de nível técnico e superior, no valor de R$ 400 e R$ 700, respectivamente.

As próximas etapas do festival darão espaço às linguagens da literatura e da música, prometendo novas experiências e reflexões até o mês de outubro.

 

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