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IV Feira de Ciências do IFSertãoPE se destaca como espaço de fomento à pesquisa, criatividade e inovação
Na última terça-feira (10), o Campus Petrolina do IFSertãoPE foi palco da IV Feira de Ciências, um evento que, a cada edição, se consolida como um importante espaço para o fomento à pesquisa científica e para a troca de saberes entre as redes de ensino da região, incluindo escolas municipais, estaduais e federais. Com a participação de diversas instituições de ensino, o evento revelou a riqueza do trabalho de estudantes e educadores, que trouxeram soluções inovadoras para questões que afetam diretamente as comunidades locais. As pesquisas englobaram áreas como Ciência Exatas e da Terra, Engenharia e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Exatas, Saúde e Biológicas. demonstrando como a ciência tem se fortalecido no Sertão.
O s projetos apresentados se destacaram pelo seu conteúdo e relevância. Um dos exemplos foi o trabalho de Evelyn Martons, de 15 anos, estudante do Colégio Estadual do Campo Agnaldo Almeida, de Santana do Sobrado, município de Casa Nova (BA), expôs o projeto “Racismo? Tô Fora”, orientada pela professora Gineide Cavalcante. A estudante explicou o objetivo de sua pesquisa: “Queremos promover a conscientização sobre o racismo, destacando que o preconceito racial é crime e que a voz da população negra precisa ser respeitada.”
Outro projeto foi o de Natália Rodrigues, participante da mostra “A Inclusão do Aluno com Paralisia Cerebral”, desenvolvido no Colégio Eneida Coelho Paixão Cavalcanti, em Petrolina, sob orientação da professora Cleoneide Vieira. Natália destacou que o objetivo do projeto é tornar as escolas mais acessíveis para alunos com mobilidade reduzida, com a instalação de rampas, ajustes nas entradas e até mesmo acessibilidade nos banheiros. O projeto foi bem recebido pelos visitantes, que elogiaram a relevância da inclusão no ambiente escolar.
Ralan Santos, do Colégio Estadual Rômulo Galvão, de Caldeirão Grande (BA), trouxe o projeto “Levantamento Florístico da Serra do Imbai: Um Olhar para a Serra da Caatinga”. O estudante ressaltou que a participação na Feira é uma excelente oportunidade para ampliar seus conhecimentos e divulgar a importância da preservação do bioma da Caatinga. “Além de apresentar meu projeto, a Feira nos permite conhecer outros trabalhos e aprender”, disse.
A Feira foi avaliada pelos visitantes de forma positiva. Naiara Muniz comentou sobre os projetos apresentados: “Achei bem interessantes, especialmente o de biodegradáveis, bem fundamentado. Fiquei curiosa para pegar mais informações sobre o tema.”
O evento também contou com a palestra “Feiras e Mostras Científicas”, ministrada pelo Professor Marcos Ribeiro, que abordou a importância desses eventos para o desenvolvimento da pesquisa no Brasil e como eles podem inspirar outros jovens a se interessarem pela ciência. Além da exposição de projetos, a programação incluiu uma cerimônia de premiação, que reconheceu os projetos mais inovadores e relevantes.
O coordenador do projeto, professor Daniel Berg, destacou que a Feira se consolidou como um espaço de aprendizagem, inovação e, principalmente, de inclusão. “Coordenar este projeto, desenvolvido ao longo de mais de seis meses – e consolidado ao longo de mais de quatro anos – é sempre uma satisfação imensa. Proporcionar aos participantes momentos de interação e compartilhamento de ideias é algo realmente extraordinário. Alguns projetos, como o voltado à inclusão de pessoas com paralisia cerebral, nos emocionam profundamente. De maneira geral, é essencial que iniciativas como essa se multipliquem e alcancem dimensões ainda maiores. Sinto-me muito feliz e agradeço imensamente pela colaboração e participação de todos os colegas”, finalizou.
Confira os Projetos Premiados aqui.