Pós-Graduação
IFSertãoPE discute inteligência artificial em VI Seminário de Pós-Graduação
Começou nesta sexta-feira (13) o VI Seminário de Pós-Graduação do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IFSertãoPE). Nesta edição, o tema do evento é: “Inteligência artificial na Pós-Graduação: pesquisa, inovação e desafios acadêmicos”. O objetivo é discutir os impactos, as possibilidades e os riscos que a inteligência artificial apresenta para a formação acadêmica, para a pesquisa científica e para os processos de inovação.
O evento foi aberto com as falas institucionais da representante da comissão organizadora do VI Sepog, Ana Elisa Oliveira, do pró-reitor de Ensino, Rafael Aquino, do pró-reitor de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação em exercício, André Ricardo Vieira, e do reitor do IFSertãoPE, Jean Carlos Alencar. O reitor destacou a consolidação do Seminário de Pós-Graduação do IFSertãoPE no cenário acadêmico brasileiro. “Por a gente estar nesse modelo híbrido, a gente abre a possibilidade de pessoas em todos os lugares estarem participando. Além disso, é um evento que tem uma configuração que só é possível dentro dos Institutos Federais, que é a possibilidade de a gente ter, no mesmo ambiente, alunos do ensino Médio, da graduação e da pós-graduação fazendo pesquisa e trazendo essa troca de experiência”, pontuou Alencar.
Na sequencia, foi realizada a mesa de abertura dos debates, intitulada “Inteligência artificial e pesquisa científica: explorando fronteiras e oportunidades”. A atividade teve a participação de Thiago Mota, professor da Universidade Estadual do Ceará (UECE), e Pablo Leal, professor do IFSertãoPE, e foi mediada por Andréa Nunes, professora do IFSertãoPE.
A primeira palestra foi proferida pelo professor Thiago Mota, que é Doutor e Pós-Doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mota abordou o tema “Inteligência artificial, governança infocolonial e filosofias da diferença”, destacando o papel central que as tecnologias digitais assumiram como formas de controle e mediação. “É uma espécie de poder tecnológico, que incide sobre os corpos das pessoas, seus afetos e também seus saberes, suas mentes. A gente pode dizer que essas tecnologias vêm afetando e, em certa medida, formatando nosso comportamento, e nesse sentido ela vem nos governando. É uma forma de governança informacional.”, explicou Mota.
O professor da UECE continuou a palestra trazendo aspectos novos sobre o debate em torno dessa mediação exercida pelas tecnologias digitais na sociedade. Ele expôs considerar esse modelo de governança como colonial, exercendo novos processos de colonização. “Nós poderíamos dizer que, através dessas tecnologias, nós chegamos a uma nova etapa da história das formas de colonização, exercida através das tecnologias. Uma infocolonização.”, comentou Mota.
A outra palestra da mesa-redonda tratou da “Inteligência artificial aplicada à agricultura” e foi proferida pelo professor do IFSertãoPE, Pablo Leal, Doutor em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Lavras-MG (Ufla). Depois de um passeio pela história da evolução das práticas agrícolas, desde o período neolítico à quinta revolução agrícola, com chamada “Agricultura Digital”.
A “Agricultura Digital” é um sistema de gerenciamento baseado na variação espacial e temporal da unidade de produção agrícola, focado no aumento da eficiência produtiva, na sustentabilidade e no crescimento do retorno econômico. “Ao integrar a inteligência artificial aos sistemas produtivos, é possível tomar decisões mais precisas, reduzir desperdícios, aumentar a produtividade e promover uma agricultura mais sustentável e inteligente”, apontou Leal.
O VI Sepog durante a noite desta sexta-feira (13) pela manhã do sábado (14) com apresentações de trabalhos na modalidade “Comunicação oral”. O encerramento será marcado pela mesa “Inteligência Artificial: tecnologias, inovação e o impacto na pós-graduação”. As informações completas sobre o VI Sepog podem ser consultadas nesta página.